O relatório final do Valor Bruto da Produção Agropecuária – VBPA – de 2020, divulgado no mês de setembro pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, mostrou que a produção no campo paranaense foi de R$ 128 bilhões 273 milhões, estabelecendo mais um recorde, com crescimento real de 21% em relação a 2019. O relatório do Departamento de Economia Rural –Deral, registra R$ 907 milhões 629 mil como valor da produção agropecuária de Palmeira
O município de Palmeira ficou muito próximo de atingir o valor de R$ 1 bilhão de valor bruto de produção. E o produto que deu a maior contribuição para isto foi a soja, que comercializou as 216 mil toneladas produzidas por R$ 304 milhões na safra 2019/2020.
A participação da soja na composição do VBPA é tão expressiva que o segundo produto com maior valor de comercialização registrou R$ 134 milhões, ou seja, pouco mais de 43% do valor atingido pela oleaginosa.
Terceiro produto agropecuário com maior valor de produção em Palmeira, o fumo, produzido exclusivamente em propriedades de agricultura familiar, movimentou R$ 97 milhões na safra 2019/2020 com 11.310 toneladas comercializadas.
Depois, cada vez mais consolidada no VBPA, a produção de aves de corte registrou comercialização de pouco mais de R$ 70 milhões. O feijão, com valor comercializado de R$ 61 milhões, o milho, com R$ 53 milhões de valor bruto, e os suínos, com R$ 45 milhões, são outros produtos agropecuários que se destacam na produção do município.
Mais de R$ 1 bilhão
Em 2020, 14 municípios do Paraná conseguiram alcançar valores superiores a R$ 1 bilhão. No VBPA anterior, nove municípios haviam ultrapassado esse volume.
Os novos municípios bilionários na produção agropecuária são Tibagi (R$ 1,26 bilhão), Carambeí (R$ 1,17 bilhão), São Miguel do Iguaçu (R$ 1,16 bilhão), Nova Aurora (R$ 1,08 bilhão) e Piraí do Sul (R$ 1,02 bilhão). Eles se juntam a Toledo (R$ 3,48 bilhões), Cascavel (R$ 2,27 bilhões), Castro (R$ 2,26 bilhões), Guarapuava (R$ 1,60 bilhão), Marechal Cândido Rondon (R$ 1,47 bilhão), Santa Helena (R$ 1,35 bilhão), Assis Chateaubriand (R$ 1,34 bilhão), Dois Vizinhos (R$ 1,34 bilhão) e Palotina (R$ 1,32 bilhão).
O crescimento mais expressivo no levantamento do Deral, tanto em variação nominal quanto real, foi observado em São Miguel do Iguaçu, que saiu de 741 milhões em 2019 para R$ 1 bilhão e 160 milhões de reais no ano passado.
O índice do VBPA é utilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda para compor o Fundo de Participação dos Municípios, representando 8% da cota-parte do ICMS destinada a eles.