Na última quarta-feira (1º) o prefeito de Palmeira, Sérgio Belich, participou do programa ‘Palavra Livre’, que vai ao ar todas as quartas feiras pela Cruzeiro 98.3 FM. O programa foi implantado na programação no mês de novembro para dar voz a convidados de peso e de opinião em uma ciranda que debate em cada edição a importância e os rumos das ações da comunidade.

As obras apontadas como paralisadas no Tribunal de Contas do Paraná foi o tema da última edição. O Conselho das Cidades seria o ocupante de uma das cadeiras da bancada do Palavra Livre, mas abdicou do convite para participar, não enviou representante e o espaço foi ocupado por Rogério Lima, da redator e apresentador do Jornal da Cruzeiro.

O Observatório Social seria o terceiro a estar na bancada, mas também não enviou representante para participar do programa e, por isso, assumiu o microfone o apresentador Adelar Mayer, da Rede Clima TV, convidado para sabatinar o prefeito sobre o tema.

Durante o decorrer do programa, o prefeito apontou como justificativa para as obras paralisadas a administração passada, segundo ele, nenhuma das obras paradas são de sua gestão, embora algumas, como a praça Manoel Ribas, popularmente conhecida como Praça do Parquinho, seguiram paralisadas durante todo o primeiro ano da atual gestão.

O prefeito demonstrou alguma irritação em dois momentos do programa. O primeiro deles quando o apresentador João Alberto Gaiola fez uma pergunta referente as marginais da PR 151, que fazem parte da obra da rua Barão do Rio Branco, que também aparece com status de paralisada no Portal Informação para Todos (PIT) do Tribunal do Contas, alegando que o apresentador estava saindo do tema.

Outro momento foi quando o apresentador do Jornal da Cruzeiro, Rogério Lima, questionou o funcionamento da Boulevard, obra que teve seu status alterado de ‘paralisada’ para ‘em andamento’no dia 28 de outubro, tres dias antes da apresentação do programa. Segundo o prefeito, o apresentador também estaria saindo do tema. No entanto, ele deu resposta ao questionamento.

Afirmação errônea

O apresentador João Alberto Gaiola fez a introdução do programa explicando aos espectadores e ouvintes que é errôneo afirmar que obras paradas são um problema de todas as cidades do Paraná. Segundo dados do Tribunal de Contas, menos de um terço dos municípios do estado possuem obras com o status de paralisadas no PIT, canal criado pelo Tribunal para auxiliar ao cidadão no controle de gastos. Palmeira faz parte de uma exceção de 121 municípios do estado, que somam investimento público parados que ultrapassam a soma de R$ 365 milhões.

Quando a análise é reduzida para nível regional e Palmeira é comparada com os 19 municípios que compõem a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), a situação fica mais delicada. Palmeira figurava como segunda colocada com seis obras paralisadas empatada com a cidade de Tibagi, perdendo apenas para Ventania, com oito obras nesta condição. Com uma atualização nos dados feita no último dia 28, Palmeira passou a figurar no sistema com cinco obras paradas, mas, ainda sim, amarga a terceira colocação em obras sem seguimento entre os 19 municípios da AMCG.

Prazos

O prefeito não conseguiu dar datas e prazos para a resolução dos problemas, apontando a morosidade da coisa pública. Segundo uma nota divulgada à imprensa “foram enviadas ao TCE, com detalhamento pertinente a cada obra, inclusive descrito o motivo/justificativa da paralização, bem como foi informado as datas previstas para o início e conclusão das obras”, questionado sobre essas datas de conclusão, o prefeito diz não lembrar das datas e não disse quando elas seriam finalizadas. “Eu não tenho de cabeça essas informações, foram dados prazos e a gente vai tentar, dentro do possível, cumprir esses prazos, infelizmente muitas coisas as vezes não depende de nossa boa vontade, depende da execução, de recursos e um monte de informações. A gente vai procurar cumprir dentro do prazo e, se precisar, vamos pedir mais prazo, acho que isso faz parte do processo”, finalizou o prefeito.

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