O Paraná já possui a sua Rota do Queijo. A iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) foi lançada nesta quinta-feira (09), na sede do instituto, em Curitiba. O objetivo é incentivar o turismo rural, tendo a produção de queijos como principal atrativo.

Inicialmente, o instituto cadastrou 33 propriedades em 23 municípios de várias regiões do Estado, onde se produz desde queijos finos até os coloniais. A meta é ampliar o número de agroindústrias e estabelecer a produção de queijos como um atrativo para turistas do Estado e de todo o País.

Em Palmeira, Carolina Baptista, há três anos está no Sistema de Inspeção Municipal (SIM). Da propriedade saem 30 quilos diários de queijo porungo, nozinho, queijos trançados, maturados com ou sem tempero. Mesmo tendo um produto de qualidade, Carolina viu o mercado ficar restrito aos consumidores do município. Daí a importância da Rota do Queijo Paranaense.

“Como nós ainda não temos o selo para vender fora do município, com a Rota a gente vai receber as pessoas na propriedade e aumentar as vendas”, comemorou a produtora. Carolina sempre conviveu com a produção de queijos, já que a família está na atividade desde 1939. “Entrei por tradição e amor”, disse.

Por algum tempo, a agroindústria ficou parada porque a família não conseguia a legalização. Depois que Carolina terminou a faculdade de Agronomia, já trabalhando com a produção de leite, e tentou retomar a receita da família. “Com a ajuda do IDR-Paraná nós fizemos a queijaria e fomos tentando até chegar ao queijo que produzimos hoje”, afirmou.

Em novembro, ela ganhou mais motivos para acreditar que chegou a um produto de qualidade. O queijo que ela foi medalha de prata no Concurso Internacional de Araxá-MG. “Estamos bem otimistas com a Rota do Queijo, esperamos receber pessoas de vários lugares para que elas levem um pouco do que a gente tem no coração, porque esse queijo é feito com muito carinho”, garantiu Carolina.

Municípios que fazem parte da Rota do Queijo Paranaense

Dois Vizinhos
Palmeira
Itapejara do Oeste
Francisco Beltrão
Toledo
Salgado Filho
Santo Antônio do Sudoeste
Guaraniaçu
Mercedes
Sulina
Nova Laranjeiras
Saudades do Iguaçu
Chopinzinho
Cianorte
Paranavaí
Santa Izabel do Oeste
Pinhal de São Bento
Pinhão
Palmas
Apucarana
Cantagalo
Lapa
Piraquara

Com assessorias

Foto – Sec. de Agricultura e Abastecimento do Paraná

 

1 comentário

  1. Quando cheguei em Palmeira, naquele Natal de 1946, as pessoas fabricavam seus pães em casa, broas de centeio e mistas, embora também consumissem os pães, cuques e doces oferecidos pela padaria do “seu’ Frank. Outros estabelecimentos também fabricavam e vendiam pães, cuques, doces, mas a padaria do seu Frank era a que meus pais privilegiavam, por estar a um passo de nossa casa. E havia o queijo que as pessoas chamavam de “queijo cozido”. Alceu Ribeiro foi o primeiro a lançar o produto no mercado. Isso na minha memória, porque também Francisco Cherobin apresentava um produto semelhante, e nunca me preocupei em saber quem foi o primeiro a lançar o queijo “cozido”, em forma de porungo.

Deixe um comentário