A extração de minerais no Paraná deu um salto nos últimos anos, só em 2021 foram autorizadas 170 novas lavras de minerais.

No entanto, a extração de minérios não representa somente desenvolvimento, pois ela acontece com alto risco de prejuízos financeiros e danos ambientais.

Matéria publicada ontem pelo portal Plural revela que o avanço das lavras de areia traz consigo o aumento do contrabando do produto mineral.

Levantamento utilizado pela reportagem mostra que, no ano de 2020, o Paraná consumiu 4 milhões e 200 mil toneladas de cimento – o que deveria vir acompanhado do consumo de 16 milhões e 800 mil toneladas de areia.

Só que isso passou longe de ser verificado nos números oficiais. Nos registros da União, faltou metade dessa areia.

No Paraná só foi registrada a extração legalizada de 8 milhões e 600 mil toneladas de areia em 2020 – logo, a diferença de 8 milhões e 200 mil toneladas é a estimativa de retirada ilegal.

No município de Palmeira, segundo dados da Agencia Nacional de Mineração, existem 41 pontos de extração mineral, especialmente areia.

Quem extrai a areia paga a Contribuição Financeira pela Exploração Mineral, cuja alíquota é de 1% sobre a receita bruta da venda. Ou seja, além de pagar pouco, há muitas empresas areeiras que não só sonegam a contribuição como também fazem o contrabando do produto, causando prejuízos a União, ao Estado e aos municípios onde fazem a extração.

Destaca a matéria do Plural que o problema é que, conforme alertam os estudiosos do setor, a extração ilegal de areia é sorrateira e praticamente invisível.

Internacionalmente, o tráfico de areia já é o terceiro maior crime em volume de dinheiro, atrás apenas da venda de produtos falsificados e das drogas.

Imagem: Getty Images/iStockphoto

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