Segundo relatório semanal do Setor de Imunização da Secretaria de Saúde de Palmeira, divulgado na última segunda-feira, dia 30, até o momento o município recebeu 94.333 doses de vacinas contra a Covid-19 e foram efetivamente aplicadas 89.107 doses. São cerca de 5.200 doses que deixaram de ser aplicadas.
Diante disso, questionamos o Setor de Imunização, através da assessoria de comunicação da Prefeitura de Palmeira, para saber o que acontece ou aconteceu com essa diferença de mais de 5.200 doses. Se elas ainda estão aptas para aplicação ou se foram descartadas devido à perda do prazo de validade.
A resposta dada é de que a diferença entre o número de doses recebidas e aplicadas se dá a diversos fatores. Entre eles, o Setor de Imunização confirma que algumas doses foram perdidas por conta de validade expirada, devido à pouca procura por parte dos usuários para receberem a vacina.
Isso fica evidente em uma análise rápida dos números de aplicações de doses. Por exemplo, quando comparadas as 30.988 aplicações de primeira dose e as 19.206 aplicações de primeira dose de reforço, ou terceira dose. Significa que 62% das pessoas que receberam a primeira dose da vacina compareceram as unidades de saúde para receber o primeiro reforço.
Também, que os frascos que contêm o imunizante são multidoses, contendo cinco, seis ou dez doses, segundo informado pelo fabricante. Após abertura dos frascos, a validade varia de 6-12 horas, ou seja, se não forem todas utilizadas no mesmo dia é necessário fazer o descarte.
Ainda, que alguns fabricantes informam um total de doses por frasco, mas na prática, consegue ser extraído um número menor, causando essa diferença.
De qualquer forma, o número de doses descartadas devido ao prazo de validade ou perdidas por outros motivos representa perto de 6% do total de doses recebidas. Essas doses representam quase 80% das 6.867 já aplicada de segundo reforço, ou quarta dose.
Paraná
Quase 2 milhões de doses de vacinas foram descartadas no Paraná nos últimos quatro anos por perda de validade, incluindo as de Covid, segundo reportagem publicada pelo jornal eletrônico Plural, na última terça-feira, dia 31.
A alta no descarte dos insumos acompanha o declínio da cobertura vacinal no estado, onde, somente no ano passado, cerca de 780 mil doses foram parar no lixo – a maior taxa de perda de insumos por prazo de validade superado desde 2019.