A mandala da agroecologia e os participantes do encontro em Queimadas. Foto - AS-PTA / Divulgação

Nesta quinta-feira, dia 20, a AS-PTA levou uma pitada de agroecologia misturada com arte e muita história para as turmas do Colégio Estadual do Campo Henrique Stadler, na localidade de Queimadas, interior do município de Palmeira. O colégio tem estudantes que são, em sua maioria, filhos de agricultores, vivendo todos no meio rural.

A modernização tecnológica está fazendo com que as crianças e adolescentes deixem de lado a cultura dos pais e avós de cuidar da terra, multiplicar uma semente e até mesmo fabricar uma peça artesanal, segundo Miriane Serrato, assessora técnica da AS-PTA. Por isso, no encontro foram estimulados a fazer o resgate das raízes trazidas de casa: mudas, sementes, flores e remédios, que formaram uma mandala da agrobiodiversidade, a qual foi partilhada ao final das atividades.

Os porongos provocaram a criatividade de todo mundo, fazendo com os alunos, a partir deles, produzissem objetos artísticos  (veja vídeo acima). Preservados pelos povos indígenas da América do Sul há mais de 10 mil anos, são muito utilizados para fazer cuias, casas de passarinho, moringas e até mesmo vasos para flores.

Miriane afirma que ter o compromisso em guardar e multiplicar as sementes crioulas também é uma arte, um conhecimento que precisa ser passado de geração em geração. Assim, a agricultora Sílvia Luciane, do Grupo Quintais Produtivos, contou para os estudantes como é um privilégio morar no campo e se alimentar com produtos que você mesma cultiva.

A assessora técnica da AS-PTA diz que, junto com professores e equipe pedagógica, foi observada a necessidade emergencial de trazer uma educação do campo e para o campo, com práticas e saberes relacionadas à vivência comum de quem mora no espaço rural. Isto para que os jovens em tempo escolar criem uma memória afetiva com a terra e tudo o que dela colhem. ‘’Agroecologia é vida, e vida depositada na esperança de renascer na juventude’’, afirma Miriane.

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