Quem transita pela PR 151, no trecho de 42 quilômetros entre Palmeira e Ponta Grossa está enfrentando uma situação crítica. Em alguns pontos da rodovia as obras em execução estão proporcionando situações de risco para motoristas e passageiros, ainda mais com os efeitos da chuva neste início de semana.
As obras na pista, especialmente os trechos onde são feitos os chamados remendos profundos, oferecem situações até de alto risco para acidentes. Com a retirada da pavimentação, escavação profundo e colocação de pedras, e depois a cobertura com cascalho, ficaram irregularidades de nível na pista, o que já exigia bastante atenção e cuidado dos motoristas ao transitarem.
Agora, com a chuva, abriram-se buracos nesses pontos, além de enxurrada ter espalhado pedras e terra sobre a pista, o que aumenta o nível de risco e exige atenção extrema dos motoristas. Enquanto a chuva persistir, a empresa contratada pelo Departamento de Estradas de Rodagem DER para executar as obras não deve realizar nenhuma atividade.
Com o tráfego intenso de automóveis e caminhões, nesses pontos críticos os motoristas são obrigados a desviar e transitar na contramão, o que aumenta ainda mais os riscos de acidentes.
Nesta terça-feira foram colocadas placas de sinalização próximas aos pontos onde o perigo é maior e o DER informou que os trabalhos na rodovia devem durar, pelo menos, mais 60 dias e que as atividades foram prejudicadas devido as chuvas. Que os trabalhos serão retomados assim que as condições climáticas estiverem favoráveis.
Assim, fica o alerta para quem trafega pela PR 151, para que tenha muita cautela, dirija em velocidade compatível com as condições da pista, observe com cuidado esses pontos críticos e evite algum tipo de dano ou acidente.
Eu, como engenheiro que trabalho com infraestrutura, nunca vi tamanho desrespeito com a vida das pessoas em se tratando da recuperação da PR-151. Iniciam a recuperação de um dos inúmeros pontos com problemas da rodovia, até aí normal, então retiram material com deformidades e sem estrutura para o porte dos caminhões que ali trafegam e substituem por material pétreo, até aí também normal. O problema é que estão a mais de 2 meses neste tipo de serviço em ritmo de corrida de tartarugas e simplesmente deixam apenas com as pedras, sem nem sequer colocar um pouco de asfalto para fazer o travamento e acabamento superficial. Então o que temos em dias secos é muito pó e as britas sendo fortemente lançadas pelos veículos em alta velocidade uns sobre os outros. Os processos de cobrança por parabrisas estilhaçados deve estar aumentando muito. E em dias de chuvas estas crateras se formam, o que normalmente encontramos em estradas rurais.
O DER diz não ter nem poder de fiscalização sobre o serviço executado pela empresa contratada. Se o executivo e o legislativo do Estado e dos Municípios, que tem este problema em seu território, não tomam providências, resta recorrer ao judiciário e solicitar a total interdição da PR-151 neste trecho, talvez isto motive uma ação. Ou será que o objetivo é justamente que os usuários sejam tão pressionados a ponto de, em determinado momento, lançarem a necessidade de mais um pedágio como única solução. É de se pensar. A.V.