O deputado federal Tadeu Veneri (PT) esteve na terça-feira (9) nas instalações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária. A unidade está em processo de reabertura, anunciada pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A reativação da fábrica, fechada há quatro anos, vai gerar cerca de seis mil empregos no Estado.
Prates fez uma previsão de oito meses para que a fábrica volte a funcionar. No entanto, ainda não há um cronograma oficial das etapas de preparação da reabertura.
O deputado informou que vai convocar uma audiência pública para que, junto com as entidades de trabalhadores e representantes do Paraná, seja feito um grande movimento junto à Petrobras para acelerar a retomada das operações.
Veneri disse considerar importante a participação do governo do Estado neste movimento, já que a reativação da Fafen interessa a toda a população do Paraná.
Além da fabricação de fertilizantes, que proporcionam autonomia ao país em um setor estratégico, a nova fase da Fafen pode também incluir a execução de projetos ligados ao hidrogênio verde, a solução energética do futuro.
A Fafen do Paraná, antes de ser desativada, em março de 2020, respondia por cerca de 10% do mercado de fertilizantes nitrogenados do país. E rendia cerca de R$ 400 milhões em impostos.
A Fafen-PR era responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e de 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas.
O Brasil é o quarto maior produtor de grãos do mundo e o segundo maior exportador. Essa produção exige a utilização de fertilizantes, e hoje 85% desses produtos são comprados no mercado internacional, sendo a Rússia um dos maiores fornecedores do insumo para o agronegócio brasileiro.
A reforma e readequação da unidade estão orçadas entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão.