São diversas as estratégias para garantir a livre circulação das sementes crioulas em todo estado do Paraná. As Famílias Agricultoras e Guardiãs da Agrobiodiversidade são as principais protagonistas, assessoradas por redes territoriais de agroecologia e suas organizações políticas de base.
Algumas dessas famílias têm atividades no município de Palmeira, e cabe a elas guardar e multiplicar centenas de espécies e variedades entre cereais, hortaliças, tubérculos, mudas medicinais e frutíferas. Cores, formatos, aromas, sabores que mantém os saberes e a memória viva.
A Rede Sementes da Agroecologia, que atua em todo estado do Paraná, e o Coletivo Triunfo, presente no Centro-Sul e Sudeste, assessoradas pelo Programa Local Paraná da AS-PTA, que tem seu escritório em Palmeira, cumprem um papel fundamental na animação dessas estratégias.
O Boletim Especial “Sementes Crioulas” conta um tanto dessa história. Porém, ela começa muito antes das feiras, mas no próprio surgimento da agricultura familiar camponesa, que traz como um princípio básico as relações de reciprocidade, de troca.
Para conhecer mais dessa trajetória é só navegar pelo texto “Uma revolução com origem: guardiões de sementes crioulas preservam a biodiversidade e o tecido social da agricultura ecológica do sul do Brasil”, clicando AQUI para visualização online.
Dentre as estratégias mencionadas estão as feiras de sementes e da agrobiodiversidade, que tiveram início a partir da preocupação das famílias agricultoras guardiãs com a perda de muitas variedades, atrelada ao avanço do pacote tecnológico. No início não havia comercialização, apenas troca entre as agricultoras e agricultores. Os processos de formação técnica e política começaram a acompanhar os encontros, que foram crescendo em número e tamanho.
Hoje, a enorme diversidade presente nas feiras é uma expressão da longa trajetória de trabalho e experimentação das famílias na multiplicação, conservação e disseminação de suas sementes.
O Boletim Especial é uma publicação do Projeto Consumidores e Agricultores em Rede, apoiado pela Misereor e executado entre quatro organizações do sul do país: AS-PTA, Cetap, Cepagro e Centro Vianei.
