Radiogência Nacional
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns de seus assessores e aliados são alvos de operação da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado. A Tempus Veritatis foi deflagrada nesta quinta-feira (8) após ser autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).A decisão proibiu Bolsonaro de deixar o país e determinou a entrega do seu passaporte. Ele também não pode falar com outros investigados.
Dois assessores do ex-presidente foram presos: o coronel Marcelo Câmara, que era ajudante de ordens; e Filipe Martins, que era assessor para Assuntos Internacionais da Presidência e foi preso em Ponta Grossa, onde estava na casa da namorada.
A defesa de Filipe Martins disse que o advogado João Vinícius Manssur não teve acesso à decisão; e solicitou o acesso aos autos para se manifestar. Até o momento, a defesa de Marcelo Câmara não se manifestou.
Outros alvos de mandados de prisão são o tenente coronel Rafael Martins de Oliveira e o coronel Bernardo Romão Correa Neto, que está nos Estados Unidos. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não era alvo de mandado de prisão, mas foi preso em flagrante por porte de arma ilegal.
Foram cumpridos na primeira fase da operação 33 mandados de busca e apreensão. Além dos quatro presos e do Valdemar Costa Neto, também estavam entre alvos os ex-ministros Anderson Torres, da Justiça; Augusto Heleno, do GSI; Braga Netto, da Casa Civil; e Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa.
As defesas de Anderson Torres e Valdemar Costa Neto informaram que só vão se manifestar após terem acesso aos autos. A reportagem segue tentando contato com as outras defesas.