Foi pelo Whatsap que chegou o comunicado da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer às escolas municipais de Palmeira de que haverá desfile cívico militar no mês de abril, em comemoração aos 205 de Palmeira. Ao mesmo tempo, professores planejam um protesto pacífico durante o desfile, com a intenção de sensibilizar a comunidade e também os políticos e autoridades que estarão no palanque oficial para acompanhar a passagem das escolas e entidades da sociedade civil.
Desde 2023 os profissionais de educação vêm pleiteando direitos inerentes a categoria, que foram negados pelo prefeito Sérgio Belich (União Brasil), entre eles, o reajuste salarial pelo mesmo índice de reajuste do piso nacional do magistério. Em julho de 2023, os professores entraram em estado de greve, quando realizaram uma paralisação de três dias e outras manifestações pelo reajuste salarial.
Em agosto do ano passado, em medida de retaliação, a Prefeitura descontou proporcionalmente dos salários dos professores os dias de atividades paralisadas. Em fevereiro deste ano, a 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná julgou improcedente a ação da Prefeitura, por unanimidade de votos, os professores ainda devem ser restituídos.
Existe ainda um inquérito instaurado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o Município de Palmeira, para analisar denúncia feita Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmeira (Sismup) sobre as alterações dos critérios de classificação de professores para a distribuição de aulas nas escolas da rede municipal de ensino para o ano letivo de 2024, o que prejudicou principalmente os profissionais que aderiram as paralisações e protestos.
Agora, em abril, durante o desfile em comemoração ao aniversário de 205 anos de Palmeira os professores planejam mais uma mobilização, pleiteando esses direitos que ainda não foram atendidos, como também o pagamento do avanço vertical aos professores e funcionários.
Caixa da Prefeitura
Em 2023, não foi concedido reajuste salarial aos professores municipais pelo índice do reajuste do piso nacional do magistério, de 14,95%, a categoria teve reajuste e vencimentos pelo mesmo índice do reajuste geral dos servidores públicos municipais, de 5,93%.
Na ocasião, a administração municipal alegou que conceder reajuste por esse índice resultaria em atingir o limite do gasto com pessoal. Na prática, não foi o que aconteceu.
A alegação de caixa sem recursos se repete neste ano, contudo, recentemente a Prefeitura de Palmeira enviou ofício à Câmara Municipal de Palmeira informando dispor de R$ 12 milhões em caixa, em recursos livres, que podem ser aplicados na valorização dos professores, da educação básica e na alfabetização infantil.