Um grande número de relatos de descontentamento de usuários com a situação do Pronto Atendimento Municipal foi publicado nos últimos dias em redes sociais e também chegaram à redação do Jornal da Cruzeiro. São relatos até fortes, que demonstram revolta, indignação e mesmo desespero diante de horas de espera para receber atendimento médico.
Um dos relatos em redes sociais é de uma mãe de estudante que participava de competição dos Jogos Estudantis de Palmeira e passou mal. Segundo ela, o menino foi levado até o Pronto Atendimento por volta das 10 horas e permaneceu sem atendimento atpe ´róximo das 12 horas, deitado em uma maca.
Diante disso, ele contou que resolveu tirar o filho do local e o levou para São João do Triunfo, a 45 quilômetros de Palmeira, onde o menino, enfim, foi atendido por médico. A mulher fez elogios ao atendimento prestado na unidade de saúde do município vizinho.
Outro relato é de um homem que contou ter chegado ao Pronto Atendimento por volta das 10 horas e só recebeu atendimento no início da noite de quinta-feira (24), quando dezenas de pessoas aguardavam serem chamadas pelos médicos.
Um dos motivos que ocasionou o represamento de consultas e outros atendimentos no Pronto Atendimento, nesta quinta-feira, segundo pessoas que estavam no local, foi o grande número de atendimentos de urgência e emergência.
Uma usuária disse que no período da tarde contou a chegada de, pelo menos, cinco ambulâncias no local transportando pacientes para atendimento. Com isso, médicos e equipe de profissionais de saúde, são deslocados para esses atendimentos e deixam os demais em espera, que pode ser prolongar por horas.
Projeto de telessaúde
Na quinta-feira (24), foi publicado termo de cooperação técnica que a Secretaria de Saúde de Palmeira firmou com a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, para o desenvolvimento de projeto de telessaúde direcionado à população.
O funcionamento desse tipo de atendimento médico pode significar um alívio no volume do Pronto Atendimento. No entanto, o termo de cooperação prevê prazo de duração de seis meses ou até a entrega do projeto concluído e, a princípio, não prevê transferência de recursos financeiros.
O documento destaca que a Santa Casa de São Bernardo do Campo possui know-how, capacidade jurídica, preparo profissional, habilitação técnica, além de toda estrutura necessária para desenvolver e executar projetos na área da saúde, especificamente, mas não exclusivamente em Telessaúde.
Lembrando que a implantação da telessaúde no sistema público do município foi uma das sugestões apresentadas pela comissão de fiscalização da Câmara Municipal quando realizou procedimento de fiscalização do contrato entre a Prefeitura e a Santa Casa de Palmeira para gestão do Pronto Atendimento Municipal.