Cinco anos após perder o certificado de eliminação do sarampo, em 2019, o Brasil voltou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o status de país livre da doença. No entanto, em vários municípios do país, incluindo Palmeira, existe déficit na cobertura vacinal, com o não alcance da meta de 95% do público alvo. O último registro de sarampo no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no Amapá.
Durante cerimônia em Brasília, na terça-feira (12), o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, avaliou que, quando se consegue reunir capacidade técnica e liderança política comprometida com a causa, “as coisas acontecem”. Segundo ele, ver um presidente liderando uma retomada do programa de imunização, usando broche do Zé Gotinha, sendo vacinado e dizendo às pessoas que se vacinem faz uma diferença tremenda”.
Antes do evento, Jarbas Barbosa se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, e entregou o certificado pessoalmente ao presidente. Barbosa lembrou que as Américas figuram, atualmente, como a região do mundo que mais recuperou a cobertura vacinal após a pandemia de covid-19.
Ele disse que isso é importante porque a pandemia foi um golpe e estima-se que 23% ou 24% das crianças deixaram de se vacinar durante a pandemia”. Em breve, estaremos com os 95% de cobertura vacinal, afirmou o diretor da Opas. Ele lembrou, ainda, que o sarampo continua a existir no mundo – na Europa, na Ásia, na África, em todos os outros continentes.
Ao receber o certificado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, classificou o status de país livre do sarampo como uma conquista importante, que vem do compromisso da capacidade técnica que o país tem.
Meta não atingida
No município de Palmeira, a cobertura vacinal contra sarampo, através da vacina tríplice viral – imunizante também contra caxumba e rubéola – é de 102% do público alvo para primeira dose e de 90% para segunda dose, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). A vacina é aplicada em duas doses, a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses, e meta de cobertura é de 95% do público alvo.
Portanto, Palmeira ainda não atingiu a meta de cobertura com a segunda dose e os pais ou responsáveis pelas crianças que ainda não têm o esquema vacinal completo devem ficar atentos, procurar as unidades de saúde para completar a imunização com a tríplice viral e deixar as crianças protegidas.