Reunião de uma comissão de professoras da rede municipal de ensino com o prefeito Sérgio Belich deve acontecer nesta quinta-feira, dia 15, as 9h30, no gabinete do prefeito, na Central de Atendimento ao Cidadão, sede da Prefeitura de Palmeira. Na pauta, o reajuste dos vencimentos da categoria pelo índice de reajuste do piso nacional do magistério, de 14,95%.
Em 2023, o governo municipal concedeu 5,93% de reajuste salarial para todos os servidores municipais. Entretanto, os profissionais da educação quem o reajuste no mesmo índice aplicado ao piso nacional, pois alegam que a tabela de vencimentos e progressões pode ficar achatada caso não haja a correção pelo índice de 14,95%.
Além desse assunto, na reunião a comissão, a princípio formada por cinco professoras, deve cobrar do prefeito uma posição quanto a postagens em rede social feitas pela diretora de Educação da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, Elisama Nogueira, sobre supostos comportamentos negativos de profissionais da educação da rede municipal.
Na postagem, a diretora cita atestados médicos fraudulentos, faltas sem justificativa, vaidade pelo poder, politicagem suja e falta de interesse pelas práticas inovadoras, contudo, sem provas do cometimento destas condutas por parte de professoras e professores da rede municipal.
Outro lado
Em nota enviada ao jornalismo da Cruzeiro 98.3 FM, a diretora de Educação afirma que causou ‘’surpresa o questionamento oriundo da Cruzeiro do Sul, em função de uma postagem realizada em minha rede social particular, no dia 6 de junho, às 7h06, portanto fora de meu horário de trabalho, estando em posição de cidadã’’. Elisama afirma entender ‘’como incomum esse tipo de questionamento, pois diz respeito a uma opinião pessoal’’.
Na postagem, diz, relatou ‘’muitas benfeitorias realizadas pela atual gestão, ações que geraram impactos positivos na educação municipal, ações que, na minha opinião, valorizam a educação palmeirense’’, e que todas são possíveis de comprovar.
Sobre o que afirma na postagem serem causas da desvalorização da educação, quando ao que classifica como ‘’atestados fraudulentos’’, diz ser uma referência genérica, ‘’fundamentada num consenso de muitos profissionais a nível de Brasil, através de relatos de outros municípios e sobretudo e baseada em minha opinião pessoal’’. Mais a frente afirma que ‘’infelizmente, já ocorreu isso em nosso município’’, e que, por fundamentos éticos e no dever legal de sigilo, não relataria sobre os casos.
Sobre esse ponto, a diretora de Educação que ‘’sim, tivemos essa desagradável situação, sim, a secretaria não foi negligente, e sim, foi aberto processo de sindicância, o qual corre em sigilo’’. E completa dizendo que, caso seja necessário, dentro da legalidade, pode provar.
Sobre o que diz ser ‘’politicagem suja’’, Elisama afirma não se referir à manifestação realizada pelos profissionais da rede relacionado ao piso salarial do magistério. ‘’Minha referência foi às inúmeras inverdades que foram vinculadas (sic), sem ao menos verificar a veracidade’’.
E encerra a nota afirmando que fez ‘’um relato baseado na liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal de 1988, enquanto cidadã’’.