A capina química é a eliminação de vegetação indesejada através do uso de herbicidas (veneno) por pulverização. A Anvisa proíbe essa prática em praças, jardins, calçadas e logradouros de áreas urbanas desde 2010.
Contudo, é comum durante o verão, período do ano em que a vegetação cresce com mais facilidade, ver funcionários da empresa terceirizada contratada pela Prefeitura de Palmeira munidos de pulverizadores.
A Prefeitura, questionada, diz que não aplica herbicida, mas sim uma fórmula com água, sal e vinagre.
A proibição do uso de veneno em área urbana se dá por conta do grande risco e da facilidade de intoxicação. Imagens enviadas por ouvintes para a redação da CRUZEIRO FM 98.3 mostram os trabalhadores atuando perto de residências e pontos comerciais, ainda sem equipamentos de segurança necessários para a operação.
As crianças são mais vulneráveis, pois são mais sujeitas às intoxicações em razão do seu baixo peso e hábitos, como o uso de espaços públicos para brincar, contato com o solo e poças de água como diversão e até mesmo levando objetos e coisas a boca. Cães, gatos, cavalos, pássaros e outros animais também podem ser intoxicados tanto pela ingestão de água contaminada como pelo consumo de capim, sementes e alimentos espalhados nas ruas.
Procurada pelo jornalismo da CRUZEIRO para comentar o assunto, a Secretaria de Meio Ambiente, Cultura, Turismo e Comunicação disse não se tratar de nenhum tipo de veneno, e que faz o controle de pragas nas ruas e calçadas é com uso de uma mistura de água, vinagre e sal.
Segundo nota enviada à redação, a Prefeitura diz ainda que a mistura usada em dias quentes, produz um efeito dessecante, o que acarreta na eliminação da vegetação encontrada nas calçadas sem risco de contaminação.