A Gengibirra começou a ser produzida em Palmeira, pelo imigrante italiano Egízio Cini, no final do século 19. Foto: Reprodução

Na terça-feira (26), a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou um projeto de lei que torna a Gengibirra como Patrimônio de Natureza Cultural Imaterial do Estado do Paraná. O projeto segue agora para receber sanção do governador Ratinho Júnior (PSDB) para virar lei.

O projeto foi proposto pelo deputado estadual Anibelli Neto (MDB) e na justificativa destaca-se a relevância da bebida e sua identidade com o Paraná. A Gengibirra é produzida desde 1904 pela empresa paranaense Cini e já havia sido reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Palmeira, em 2019.

Isso porque a bebida foi desenvolvida pelo imigrante italiano Egízio Cini, que veio ao Brasil para participar em Palmeira da comunidade experimental anarquista da Colônia Cecília, no final do século 19. Depois de mudar para Curitiba, ele passou a produzir a Gengibirra em maior escala e a bebida ganhou produção industrial no início do século 20, quando o filho de Egízio, Hugo Cini, deu início a uma fábrica de bebidas.

Por definição, a Gengibirra é uma bebida não alcoólica, não fermentada e gaseificada, produzida a partir de extrato natural de gengibre. Mais do que uma simples bebida, ela carrega um forte simbolismo cultural e afetivo para o estado.

Preservação da história

O reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial garante mais do que um título simbólico. Ele reforça a necessidade de preservar uma parte essencial da história do Paraná, celebrando o legado dos imigrantes e a identidade local. “A Gengibirra é um agradecimento ao empreendedorismo da família Cini, que gera empregos e mantém viva a tradição paranaense com inovação e qualidade”, disse Anibelli.

Deixe um comentário