A florada das extremosas tem encantado e colorido as ruas da Cidade Clima neste verão. Além da beleza, as árvores cumprem um papel de suma importância aos pedestres, protegendo-os com a sombra das altas ondas de calor. Elas são vermelhas, rosas, púrpuras e brancas e estão espalhadas pelas ruas e avenidas. Segundo o Plano Municipal de Arborização, lei municipal número 4407/2017, essas espécies arbóreas correspondem a 24% de todas as árvores do perímetro urbano.
O Plano Municipal de Arborização é lei desde 2017 em Palmeira e, segundo o artigo primeiro da lei, ela serve como um instrumento de planejamento municipal para a implantação da política de plantio, preservação, manejo e expansão da arborização na cidade, regulamentando também os critérios pelo quais a Prefeitura deve conduzir os manejos e podas.
Embora a melhor época para poda dessa espécie não seja no verão, pois é o ciclo onde sua florada aparece, e nem o outono, pois trazem um colorido bronze nas suas folhas secas, os palmeirenses se surpreenderam com o início de uma poda drástica na 15 de Novembro, na manhã desta quinta-feira, dia 17. Várias imagens foram postadas em rede social e imediatamente ganharam repercussão.
A extremosa é árvore presente dentro dos planejamentos urbanos, e as de Palmeira foram plantadas há décadas. A escolha é feita pelo fato de a espécie ter um crescimento rápido, gerar copa capaz de produzir sombra e não levanta suas raízes danificando as calçadas. A poda drástica de qualquer espécie nestes períodos quentes transforma os ambientes urbanos em grandes ilhas de calor.
Questionada pela redação da Cruzeiro 98.3 FM sobre o Plano Municipal não contemplar poda drástica para essas espécies, a Prefeitura informou em nota que alguns galhos estavam lascadas e apodrecendo, e que se baseou no artigo 13 da próprio Plano Municipal de Arborização, o qual prevê que a poda de árvores em vias ou logradouros públicos só será permitida nos seguintes casos: I – Quando o estado fitossanitário da árvore o justificar; II – Quando a árvore ou parte dela apresentar risco de queda; III – Quando a árvore estiver sem vitalidade, ou seja, com sua morte caracterizada, entre outros.
As extremosas correspondem a quase um quarto das árvores nos logradouros públicos e estão concentradas principalmente nas ruas Vicente Machado e Coronel Ottoni Ferreira Maciel e avenida 7 de Abril. A redação da Cruzeiro perguntou a Secretaria de Meio Ambiente se as demais árvores receberiam poda drástica como as da 15 de Novembro, em resposta, a Secretaria disse que cada local será avaliado conforme suas individualidades.