Com uma atividade diretamente voltada as escolas, a Casa do Monjolo, grupo que atua desde 2010 na promoção, preservação e difusão das religiões e cultura preta em Palmeira, pretende retomar as atividades junto as escolas estaduais e municipais nas mostras e oficinas oferecidas anualmente.

Waldir Joanassi Filho, coordenador da Casa, conta que a atuação cultural da instituição acontece diretamente com as escolas, em uma mostra anual, sempre na semana da consciência negra, ininterruptamente desde 2010, onde a Casa oferece acervo, palestras, atividades e oficinas. “Nos dois últimos anos o trabalho não parou, as mostras mudaram de rumo e em 2019 com as escolas fechadas, ela foi online e com foco em músicos, o ‘batuque na mesa’, sugeria que a aula podia ser feita até na mesa e em casa para quem não possuía instrumentos, apreendendo toques tradicionais dos atabaques”, explicou.

Joanassi conta que dos maiores problemas na pandemia foi as feiras gastronômicas, segundo ele, a atuação ajudava na renda das pessoas da Casa e era uma atividade emancipatória, além de ter o objetivo principal de colocar a comunidade em contato com iguarias heranças da cozinha preta brasileira.

“Em 2020 nossa mostra atuou com demais terreiros da cidade, com as escolas ainda mantendo aulas online, pudemos atuar com um novo público, formando multiplicadores e abordamos temas em encontros online e presenciais sobre ‘escrita contra o preconceito’ para ataques de intolerância religiosa nas redes sociais, que aumentou muito em tempos de confinamento”, explicou Waldir.

Contudo o grupo ainda visa o retorno das atividades presenciais nas escolas. “Nossa meta é voltar a atuar na formação das crianças e adolescentes”. Quanto as atividades religiosas da Casa, Waldir explica que ainda seguem tímidas e com restrições devido a pandemia.

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